Me senti vazia por muito tempo, aos poucos esse vazio foi sendo preenchido pelos amigos que fiz ao longo do tempo, a partir de um momento me tornei uma pessoa totalmente disposta a novas situações, e a cada dia mais minha vida foi se transformando. Depois de um baque enorme que tomei, eu podia dizer que me reconstitui em um novo eu, um eu mais despojado e que eu gostava de viver, as coisas tem prazer, ir na praia em um sábado de manha e voltar no domingo de madrugada era um dos motivos dois quais eu amo o final de semana.
Logo as coisas foram mudando, em umas dessas noites eu conheci um garoto. Assumo que logo depois que meu primeiro relacionamento não deu certo, eu me fechei totalmente para qualquer relação amorosa, e não era por mal, era por medo mesmo, aos poucos eu fui me fechando e quando percebi tinha um muro enorme no lugar do que era pra ser uma porta. Nunca foi minha intenção que isso acontecesse que isso fique claro.
E ai, apareceu esse menino, as intenções dele sempre foi parecida com as minhas, eramos largados -no bom sentido-, eramos mais amigos que qualquer coisa, dia e noite era só risada, as vezes ficávamos sem trocar uma palavra por vários dias, e no final de semana sempre nos encontrávamos em alguma festa, e voltava a uma semana cheia de bate-papo sobre a vida.
Quando fui me dar conta, ele já estava na minha casa, rindo com minha mãe e tomando uma cerveja com o meu pai, e essa rotina se tornou parte do meu cotidiano e eu nem tinha percebido. Logo conheci a família dele, que sempre me tratou muito bem, como uma filha.
Sabe quando observamos a vida e não conseguimos condenar o que vai acontecer nos próximos capítulos? era assim. Era. E-R-A.
Tudo se perdeu, não falo só dele, falo de mim também. Eu como clássica geminiana, uma hora tudo não faz mais sentido e só tinha vontade de colocar meu pé para fora da gaiola e explorar o mundo todo, por mais que for de dentro do meu quarto. Foi isso que eu fiz, não consigo me contentar com o comum, com o cotidiano, a sensação me consome.
Com isso, hoje sou livre, explorei tudo, e quero ficar debaixo da asa de alguém, mas sei que infelizmente, quando o aconchego da asa me aquecer vai ser hora de explorar novamente.
Desculpa por isso e pelas outras diversas coisas.
Quem sabe a gente se encontra em meus vôos por ai.